Ex-ponta esquerda que foi destaque no Icasa e jogou com Túlio no Botafogo hoje ganha a vida como pintor
Aos 41 anos, o ex-ponta-esquerda Silas está sossegado. Morando no bairro Quintino Cunha, em Fortaleza, sua vida passa longe de ostentações, luxo e benesses que uma carreira de um jogador de futebol poderia proporcionar. "Eu nasci com o dom de jogar futebol. Nunca pensei no dinheiro, em fama. Só quis me divertir jogando e mostrar meu talento", declarou o jogador, que encerrou a carreira precocemente após uma lesão crônica no joelho.
O jogador que explodiu no Tiradentes, em 1992, se destacou no Icasa três anos depois e chegou ao auge no então campeão brasileiro, o Botafogo/RJ, em 1996, convivendo com Túlio Maravilha, Wilson Gotardo, Wágner, entre outros.
Para ele, as memórias daquela época são mais importantes do que o dinheiro. Hoje trabalhando como pintor de paredes, Silas lembra que espantou a todos ao chegar ao clube carioca em 1996. "O Botafogo era o campeão brasileiro e eu cheguei para substituir o Donizete (Pantera). Todos perguntavam quem eu era. Acabei campeão carioca e jogando a Libertadores".
Silas foi companheiro de quarto do artilheiro Túlio Maravilha, no auge e disputando o título de "Rei do Rio", com Romário, à época no Flamengo. Ele chama a atenção para a diferença de personalidade do companheiro.
"Eu era aquele cara reservado, caladão. E o Túlio com a mídia e a torcida toda a favor dele. Ele era ídolo da torcida, mas a galera pediu minha entrada no time. O Marinho (Peres, técnico), teve de me colocar. Quebrei a panela, jogando entre os que ganhavam milhões e eu três mil. Me impus pelo talento".
Resignado, emendou de primeira. "Na verdade, ganhei só razoavelmente na carreira. Hoje o jogador não precisa jogar em time grande para ficar rico. Naquela época era. E o caminhão de dinheiro era pros outros",
Retirado do jornal DIÁRIO DO NORDESTE.
Confira matéria completa: http://diariodonordeste.globo.com/materia.asp?codigo=1204441
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