Agentes de saúde e de endemias convocados a atualizar dados cadastrais

A Secretaria da Administração do Município convoca os 2.583 agentes comunitários de saúde e 1.789 agentes de endemias da Prefeitura de Fortaleza a fazerem a atualização cadastral dos dados pessoais e de dependentes. O período de recadastramento começou no último dia 10 de outubro e se estenderá até o próximo dia 25 outubro. Para atualizar os dados, clique aqui. Outras informações podem ser obtidas pelo telefone (85) 3452.6977.
O recadastramento visa à atualização dos dados para adequar a um novo contrato de trabalho os agentes comunitários de saúde e os agentes de endemias que aderirem à mudança de regime jurídico. Portanto, todos os profissionais dessas duas categorias devem aguardar a convocação do coordenador da unidade de saúde onde estão lotados ou do coordenador do distrito técnico de endemias da respectiva regional, para registrar se preferem continuar regidos pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) ou mudar para o regime estatutário.
Os agentes comunitários de saúde e os agentes de endemias contribuem muito para melhorar a saúde em nossa cidade. O trabalho do agente comunitário de saúde é fundamental para a promoção da saúde e a prevenção de doenças, pois ele reside na microárea onde é lotado, conhecendo de perto as demandas da população e favorecendo uma relação mais estreita dos moradores com outros profissionais e unidades de saúde.
O agente comunitário de saúde representa o principal elo entre a comunidade e os serviços de saúde. Ele atua junto às equipes do Programa de Saúde da Família (PSF) com a função de conhecer a realidade da população no que se refere a aspectos socioeconômicos, demográficos, culturais e epidemiológicos, identificando problemas de saúde mais comuns e os riscos de exposição a doenças. O trabalho desses profissionais é um dos responsáveis pela queda da mortalidade infantil em Fortaleza, que passou de 21,2 bebês por mil nascidos vivos em 2004 para 12,01 em 2010.

O agente comunitário de saúde foi incorporado às equipes do PSF pelo Ministério da Saúde em 1991. Em Fortaleza, a implantação aconteceu a partir de 1998 com contratação de profissionais de forma terceirizada via cooperativas e apresentando baixa cobertura populacional pelas equipes. Em 2006, já no governo da prefeita Luizianne Lins, foi realizada a primeira seleção pública para provimento de emprego público de agente comunitário de saúde no município.
Até 2005, Fortaleza tinha 101 equipes do Programa Saúde da Família e 14,5% das famílias atendidas. A capital é considerada hoje a terceira cidade do Brasil com maior cobertura do PSF, entre os municípios com mais de 1,5 milhão de habitantes, atingindo 35% da população da capital, mas a atuação dos agentes comunitários de saúde em Fortaleza beneficia 56% da população da capital. A cidade fica atrás apenas de Belo Horizonte, com 75% da cobertura do PSF, e Recife, com 56%. Os dados são do DataSUS, banco de dados do Sistema Único de Saúde (SUS), registrados no Cadastro Nacional de Estabelecimento de Saúde, do Ministério da Saúde.
Ainda de acordo com o DataSUS, Fortaleza mais que dobrou nos últimos anos o número de equipes da estratégia de Saúde da Família. A cidade  passou de 101 equipes, em 2004, para 248 equipes completas, atualmente, com médicos, enfermeiros, dentistas e agentes comunitários de saúde. Ao total, são 2.583 agentes de saúde atuando em toda a capital, o que coloca Fortaleza em terceiro lugar também entre as cidades do país com maior número de agentes comunitários de saúde. São Paulo está em primeiro lugar, com 5.611 agentes de saúde, e Rio de Janeiro, em segundo, com 3.248 agentes.
A Prefeitura de Fortaleza tem investido na desprecarização das condições de trabalho dos agentes comunitários de saúde e dos agentes de endemias. Para isso, realizou dois processos seletivos - um em 2006 e outro em 2012. Com as seleções, a Prefeitura pôs fim à terceirização dos serviços prestados por esses profissionais no município.
A seleção pública de 1.500 agentes de endemias, em 2006, promoveu de forma definitiva a regularização da profissão no âmbito municipal. O agente de endemias ou agente sanitarista também exerce um trabalho imprescindível para diminuir a incidência de doenças na cidade. Ele atua no controle da dengue, leishmaniose visceral (calazar), leptospirose, raiva e doença de Chagas; combate a proliferação de baratas, cupins e escorpiões; e realiza o monitoramento de 43 canais.
O enfrentamento à dengue, em especial, envolve visitas domiciliares e a pontos estratégicos, como borracharias, oficinas mecânicas, sucatas, cemitérios e canteiros de obras, para o controle focal diário, além de abordagens educativas, nebulização espacial por meio de máquinas costais motorizadas (fumacê) e pesquisas larvárias, quando é possível verificar o índice de infestação do mosquito e promover o tratamento químico, mecânico e biológico dos vetores.