segunda-feira, 26 de março de 2012

Focos de dengue ainda preocupam na Capital

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Piscina de imóvel abandonado na Rua Vicente Linhares, na Aldeota, serve como depósito de larvas do Aedes aegypti. Segundo moradora vizinha, a casa não recebe nenhum tipo de limpeza desde dezembro do ano passado
FOTO: JOSÉ LEOMAR
 Copos, garrafas, pneus, cascas de ovos, entre outros objetos que possam acumular água são potenciais focos de dengue. Por isso, há a necessidade de vigilância constante, tanto dentro como fora de casa. Até a última sexta-feira, dia 23, o Estado acumulava 2.911 casos da doença, desses 20 são graves. Com relação às vítimas, o boletim epidemiológico da Secretaria da Saude do Estado (Sesa) contabilizava dois óbitos.
Apesar dos alertas para prevenção da doença, e cuidados a serem tomados pela própria população, a tarefa não tem sido feita em alguns lugares da Cidade, onde o descaso com alguns imóveis leva à formação de potencias focos da doença. É caso do imóvel localizado na Rua Vicente Linhares, 54, no bairro Aldeota, onde uma piscina está servindo como depósito de larvas do Aedes aegypti.
Segundo a professora Mônica Dourado Furtado, 47 anos, desde dezembro do ano passado, a casa está abandonada e não recebe nenhuma limpeza. "Com a chegada das chuvas, fica uma situação extremamente preocupante, pois acumula água e, consequentemente, vem o mosquito. Quando chega a tarde, eu tenho que fechar as portas e janelas de casa devido à grande quantidade de muriçocas nesse horário", relata.
A professora conta que já entrou em contato com a Secretaria Executiva Regional II (SER II) para denunciar o caso, e foi encaminhada para o Departamento de Dengue, mas que até o momento não teve resultados.
"Fui muito bem tratada pelos órgãos da Prefeitura, porém, até o momento, nenhuma medida foi tomada. Eles disseram que iam ver o que podiam fazer, mas alertaram que estavam com os agentes de saúde em greve, o que dificultaria a ação", afirma a professora.
Assim como Mônica, a médica Aparecida Costa, que possui uma clínica pediátrica no bairro Dionísio Torres, sofre com a falta de consciência ambiental da vizinhança e pede ações mais efetivas do município. Segundo a médica, já são incontáveis as ligações feitas para ouvidoria da Prefeitura pedindo mais fiscalização na área.
"A gente fica exposto a doenças por conta da falta de consciência de outros. Todos os dias, jogam lixo e restos de construção na esquina por trás do meu imóvel e, ali, o que se vê são ratos e focos de dengue", reclama.
Aparecida informou que sempre que liga para o departamento do município mandam limpar a área, mas, logo em seguida, voltam a jogar lixo no local. "Nesse caso, eu acredito que uma fiscalização seria a solução".

IncidênciaAté a última sexta-feira, 23, a Capital possuía 50,91% dos casos confirmados da doença no Ceará, ou seja, 1.482. Destes, a maior parte está nas Regionais III (365), V (308), VI (285). Por todos os locais, é possível ver o acúmulo de lixo pelas ruas, assim como em obras e imóveis abandonados.
No restante das SERs , no caso, a I, II e IV, o número de casos equivale a 478. Dos óbitos ocorrido no Ceará por conta da dengue, um é de Fortaleza. A Secretaria Municipal da Saúde (SMS) investiga, ainda, nove possíveis mortes por conta da doença.
Dos bairros com maior número de pessoas que contraíram a dengue, estão João XXIII (62), Antônio Bezerra(61), Henrique Jorge (58), Montese (47) e Bonsucesso (45).
Fonte: Diário do Nordeste

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