sábado, 9 de julho de 2011

Casos de dengue no CE preocupam

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Alguns parlamentares afirmam que o aumento dos índices da doença é resultado da falta de preparo da população

Os dados divulgados pelo Ministério da Saúde sobre a dengue no Ceará foram motivo de debate, ontem, na Assembleia Legislativa. O órgão federal apontou, este ano, um aumento de 569% nos casos de dengue. Alguns parlamentares contestaram as informações vindas de Brasília, já para outros, o Estado "dormiu" no combate à doença. O assunto foi manchete de ontem, do Diário do Nordeste.
De acordo com o Ministério, de janeiro ao início de julho deste ano, a quantidade de mortes cresceu 1.100% em relação ao mesmo período do ano passado, passando de cinco óbitos em 2010 para 60 em 2011. Mas, segundo o líder do bloco PT-PSB na Assembleia, deputado Welington Landim (PSB), o Ministério "equivocou-se". O último dado, garante, está errado. Segundo o parlamentar, este ano foram 51 mortes provocadas pela doença, e não 60.
Landim admite ser um número preocupante 51 óbitos, contudo destaca que o Estado se empenhou no combate à dengue através de campanhas, mobilização dos municípios, reunião de secretários, além de incentivos para a orientação da sociedade.
De acordo com Landim, o Ministério reconhece que no Ceará é um dos estados que tem maior fidelidade e rapidez na notificação da dengue. Ele afirma haver uma determinação da Secretaria de Saúde para que todos os casos suspeitos sejam notificados e acompanhados. "Quando é dengue hemorrágica, há uma investigação profunda para que a secretaria seja bem informada", pontuou.
Na visão do parlamentar, não se pode culpar Estado e municípios pelo aumento nos casos de dengue neste ano, e, se houve agravantes, é porque a sociedade não está preparada para combater a doença. Landim afirma que, em 75% dos casos, os focos de dengue estão nas residências. O deputado avisa que a sociedade deve cooperar, seguindo as instruções para evitar a proliferação do mosquito e permitindo que os agentes entrem nas casas para fazer a parte deles.
Tin Gomes (PHS) disse ter recebido um telefonema de uma residente da Beira-Mar, informando que a maioria dos moradores daquela área não permitem a entrada de agentes em suas casas, com medo de assaltos. Para o deputado, isso dificulta o combate ao mosquito e, por isso, deveria existir uma campanha de identificação desses profissionais.

Ações

Fernando Hugo (PSDB) acredita que não é a população a culpada pelo aumento dos casos de dengue. Se isso fosse verdade, argumenta, o crescimento da doença seria registrado em outras partes do País, mas, segundo o Ministério da Saúde, o Brasil registrou queda no número de óbitos e de casos graves, em 44% e 45%, respectivamente.
Na visão do tucano, o Governo estadual "dormiu" nesse ponto, salientando a necessidade de uma política constante de combate à doença, pois garante que essa endemia não "cochila".
O líder do governo, Antônio Carlos (PT), assegura que, desde novembro, o Estado vem desenvolvendo ações para combater o mosquito da dengue. Entre as iniciativas, estão fumacês, capacitação de agentes e parceria com associações de moradores. "Mas se não houve a participação da sociedade não teremos êxito", asseverou

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