A exposição a um evento muito intenso de medo e ameaça pode gerar forte carga de estresse, provocando efeitos como insônia, pesadelos e medo de sair de casa -conforme explica o doutor em Psicologia pela Pontifícia Universidade Católica (PUC), Vinícius Thomé Ferreira.
“As situações traumáticas podem gerar transtornos dos mais variados tipos, como depressão e sintomas de estresse. É bem possível que ocorra um transtorno de estresse pós-traumático. Pode ser o resultado de ser assaltado, ter sido sequestrado, ter presenciado um ato violento. É bastante provável que algum tipo de efeito ocorra sobre a pessoa, e pode também ser necessária a intervenção de um psicólogo para mitigar esses efeitos”, afirma Vinícius Thomé.
Até quem nunca passou por situações violentas - mas reside em cidades que têm a sensação de insegurança como constante - poderá desenvolver comportamentos específicos em relação ao modo de viver e a preocupação com a (in)segurança. “Assim, a instalação de grades, aumento de custos com empresas de segurança, instalação de equipamentos de localização em carros e blindagem de veículos aumentam. Isso pode fazer também com que as pessoas busquem apenas frequentar lugares que ofereçam mais segurança”, explica o doutor em Psicologia.
Para o sociólogo Antonio Rangel, membro da Rede Desarma Brasil e da organização Viva Rio, vítimas de violência costumam ter duas alternativas de comportamento: ou se armam - para enfrentar novos assaltos ou para se vingar - ou tomam providências para aumentar a segurança. “O medo gerado por assaltos e assassinatos não
atinge apenas quem é vítima direta, mas toda a comunidade, porque sabe que poderá ser a próxima vítima. É o que nós sociólogos chamamos de ‘medo psicológico’, que pode ser realista, ou exagerado. (Isabel Costa)
atinge apenas quem é vítima direta, mas toda a comunidade, porque sabe que poderá ser a próxima vítima. É o que nós sociólogos chamamos de ‘medo psicológico’, que pode ser realista, ou exagerado. (Isabel Costa)
Fonte: opovo.com.br
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