sábado, 16 de julho de 2011

Saúde do Homem


Dia do Homem – 15 de julho

Estudos comparativos, entre homens e mulheres, têm comprovado que homens são mais vulneráveis às doenças, sobretudo às enfermidades graves e crônicas, e que morrem mais precocemente que as mulheres. Segundo o Ministério da Saúde, a cada três mortes de pessoas adultas (20 a 59 anos), duas são de homens. Eles vivem, em média, sete anos menos do que as mulheres e têm maior incidência de doenças do coração, câncer, diabetes, colesterol e pressão arterial mais elevada.

Masculino e feminino são modelos culturais de gênero que convivem no imaginário dos homens e das mulheres. Os homens não buscam como as mulheres, os serviços de saúde contribuindo para o aumento da incidência de doenças e de mortalidade. A resistência masculina a aderir aos tratamentos crônicos e de longa duração e a necessidade de mudanças comportamentais é fato.
Os estereótipos de gênero, baseados em crenças e valores do que é ser masculino, considera a doença um sinal de fragilidade e o homem julga-se invulnerável o que acaba por contribuir para que ele cuide menos de si mesmo e se exponha mais as situações de violência e risco para a saúde, cultivando o pensamento mágico que rejeita a possibilidade de adoecer.
A posição de provedor e a preocupação com a atividade laboral constituem em muitos casos barreira importante. Em nossa sociedade o “cuidado” é papel considerado como sendo feminino e as mulheres são educadas, desde muito cedo, para desempenhar e se responsabilizar por este papel.

O homem é mais vulnerável à violência, seja como autor, seja como vítima. A agressividade está associada ao sexo masculino e, em grande parte vinculada ao uso abusivo de álcool, de drogas e ao acesso as armas de fogo. Sob o ponto de vista sociocultural, a violência é uma forma social de poder que fragiliza a própria pessoa que a pratica. A banalização seja no âmbito público ou doméstico faz com que comportamentos violentos nem sejam percebidos como tais, quer se trate de violência entre homens, ou contra mulheres.
Acidentes, agressões, lesões, suicídios, bem como uso de drogas, alcoolismo e tabagismo, são situações comuns aos homens predispondo-os aos agravos à saúde. Tumores ou cânceres oriundos dos aparelhos digestivo, respiratório e urinário também são frequentes. O câncer da próstata geralmente apresenta evolução muito lenta, de modo que a mortalidade poderá ser evitada quando o processo é diagnosticado e tratado precocemente. Na maioria das vezes, os homens recorrem aos serviços de saúde apenas quando a doença está mais avançada, gerando maior custo e, sobretudo, sofrimento físico e emocional do paciente e de sua família. 
Na velhice, os homens são confrontados com a própria vulnerabilidade quando procuram ajuda médica diante de quadros irreversíveis de adoecimento por não terem se prevenido ou tratado precocemente as enfermidades.

Um novo padrão comportamental focado no bem-estar e melhoria da qualidade de vida dos homens com prevenção e tratamento dos agravos e das enfermidades se faz premente. Planejamento reprodutivo masculino, inclusive assistência à infertilidade, enfocando a paternidade não somente como uma obrigação legal, mas, sobretudo um direito do homem de participar de todo o processo. Incentivar uso do preservativo com dupla proteção (gravidez inoportuna e DST/AIDS), maior atenção às disfunções sexuais masculinas e controle das doenças sexualmente transmissíveis são atitudes a serem estimuladas.
            O direito a procedimentos urológicos, planejamento familiar, vasectomia, exames periódicos, vacinas e demais práticas preventivas são tão importantes quanto alimentação saudável e prática de atividade física e deve ser perseguido.

Mobilizar a população masculina brasileira para garantir seu direito social à saúde é um desafio. 
  

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