sexta-feira, 4 de março de 2011

14 bairros da Capital estão com alto índice de infestação


A situação é preocupante em 14 bairros de Fortaleza em relação ao avanço da dengue. Os índices de infestação do Aedes aegypti, transmissor da doença, estão bem acima do preconizado pelo Ministério da Saúde (MS).

O máximo aceitável é 1% dos imóveis apresentar larvas do bicho. Nos 14 bairros, porém, as estatísticas alcançaram mais do que o triplo disto. Em quatro, o quadro é ainda mais grave.
Conjunto Ceará II, Guajerú, Vila União e Cambeba tiveram 4,16%, 4,35%, 4,53% e 5,29% de infestação, respectivamente. Os dados constam no boletim da Secretaria Estadual da Saúde (Sesa). Hoje, eles serão atualizados com a emissão de um novo documento semanal.
As localidades são consideradas como de “muito alto risco” por terem ultrapassado os 4%. Ou seja: há grandes chances de o Aedes aegypti reproduzir-se e, consequentemente, infectar quem lá mora ou vai apenas a passeio/trabalho.
Já os bairros Itaoca (3,02%), Henrique Jorge (3,18%), Joaquim Távora (3,22%), Bom Sucesso (3,25%), Planalto Ayrton Sena (3,40%), Pedras (3,44%), Granja Lisboa (3,47%), José de Alencar (antigo Alagadiço Novo) (3,64%), Autran Nunes (3,69%) e Conjunto Ceará I (3,70%) estão no perfil de “alto risco”.
Todas as localidades precisam de atenção especial. “Não se pode desleixar. Se casos de dengue forem confirmados,a Prefeitura precisa fazer trabalhos para reduzir estes índices. Se for o preciso, usar fumacê”, cita o coordenador de proteção e promoção à saúde da Sesa, Manoel Fonsêca.


Combate ao mosquito


Ele reclama da não realização do mínimo de ciclos de combate ao mosquito recomendado pelo MS. Segundo o Governo Federal, devem ser feitas, pelo menos, seis mobilizações anuais. Uma a cada dois meses.
Contudo, há municípios promovendo menos que isto. Fortaleza, por exemplo. Pelas contas de Fonsêca, foram apenas três ciclos em 2010, com 4.640 casos confirmados da doença. Em 2011, foram 1.131. “Não conseguiram fechar em toda a cidade. Agora, corre-se o risco de sair do controle (o índice de infestação)”, diz.
A Prefeitura nega. Garante ter realizado cinco ciclos, o que também deixa a Capital abaixo da ordem do Ministério. São 1.589 agentes sanitaristas em atuação. “A cada dois meses, é como se aumentassem três mil imóveis aqui. Mas tem a questão climática também. Quando chove, a produtividade pode ser menor. E a densidade populacional também conta”, argumenta o gerente da Célula de Vigilância Ambiental Biológica da Secretaria Municipal da Saúde (SMS), Urânio Nogueira Ferreira. Entretanto, ele admite: “É possível se perder o controle e termos uma epidemia”.




Fonte: Opovo


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