sábado, 8 de janeiro de 2011

Infestação em Quixadá é 6%

Levantamentos da Secretaria Municipal de Saúde de Quixadá apontam 95% dos focos dentro das residências



Quixadá. Uma das maiores cidades da região Centro do Ceará está em estado de alerta. A cada 100 imóveis de Quixadá, pelo menos seis deles possuem focos de larvas do Aedes Aegypti, mosquito transmissor da dengue. Segundo o Núcleo de Endemias da Secretaria Municipal de Saúde, o atual índice de infestação chega a 6,86%. O Ministério da Saúde considera tolerável no máximo 1%. Além da intensificação do tratamento dos reservatórios, a população tem que colaborar. O alerta é feito pela secretária de Saúde, Valéria Nepomuceno.
Para constatar a gravidade do problema, agentes de endemias visitaram mais de 20 mil imóveis na zona urbana do Município. Estão distribuídos em 17 bairros. De acordo com o coordenador do Núcleo Ambiental de combate a endemias da Secretaria de Saúde de Quixadá, biólogo Clemilson Paiva, no Campo Velho e no Campo Novo foram encontrados os maiores índices de infestação, com 12% e 17%, respectivamente. Mais de dois mil quilos de larvicida já foram utilizados para tentar controlar a proliferação do mosquito. Além do tratamento das caixas, cisternas, potes e outros recipientes utilizados pelos moradores para armazenar água, agentes comunitários de saúde realizam nova campanha de orientação. Apesar do esforço e das dicas, muitos moradores continuam desprezando os cuidados básicos. Em algumas residências foram encontradas dezenas de larvas. As donas-de-casa alegaram acreditar serem insetos "inofensivos", conhecidos popularmente como "cabeça-de-prego". Não conheciam o mosquito da dengue. Reclamaram da falta de informação. Indignada com a postura dos moradores, Valéria ressaltou a necessidade de a população colaborar e até dos vizinhos se fiscalizarem.

Bobagem


"Apesar de tanta divulgação, nas emissoras de rádio e televisão, muitos ainda consideram a dengue uma bobagem. Acreditam que só os outros vão contrair essa grave doença. É preciso que todos tenham consciência e responsabilidade. Somente o nosso empenho não será suficiente para nos livrarmos de uma epidemia", acrescentou.
Acerca de outros possíveis focos de proliferação do Aedes Aegypti em lugares públicos da cidade, como poças de lama, os técnicos da Secretaria de Saúde explicam que o mosquito nunca põe seus ovos sobre a água, mas procuram sempre um local próximo, sólido. As paredes dos reservatórios, principalmente das cisternas e potes, são ideais. Pneus e latas também. O ideal é proteger os reservatórios com telas. Qualquer outro recipiente deve ser furado.
Segundo a coordenadora da Vigilância Epidemiológica de Quixadá, Juliana Câmara, ainda não foi confirmando nenhum caso de dengue este ano na cidade.


Residências

21 mil, aproximadamente, imóveis foram inspecionados no Município de Quixadá. Destes, 1.489 estão contaminados com a larva do mosquito transmissor da dengue. É preciso prevenção



MAIS INFORMAÇÕES

Secretaria de Saúde do Município de Quixadá

Região do Sertão Central

Telefone: (88) 3412.3245

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