Salários dignos e melhores condições de trabalho para os servidores municipais. As reivindicações deram o tom dos debates da audiência pública realizada na tarde desta quarta-feira, 15, na Câmara Municipal de Fortaleza hoje, que teve como pauta principal a Campanha Salarial 2012. No debate, proposto pelo vereador João Alfredo (PSOL), o secretário de Administração do Município, Valmik Ribeiro, apresentou a proposta do Executivo para os agentes de trânsito, agentes comunitários de saúde e de endemias, SAMU e setor de fiscalização, com reajuste salarial que varia entre 3,41% e 22,77%.
João Alfredo, propositor do debate, ressaltou a importância de se chegar a um acordo entre Prefeitura e servidores, tendo em vista a garantia de que os profissionais em greve não sofreram nenhuma punição. O vice-presidente do Sindifort, Eriston Ferreira, lamentou a falta de avanços nas negociações com o Executivo, ressaltando a forma como a gestão vem tratando as categorias em greve. O dirigente sindical cobrou o pagamento dos anuênios em atrasos, extensão do abono de 40% salarial dos professores a todos os servidores municipais, e um aumento salarial que represente ganho real.
“Nós não aceitamos qualquer tipo de retaliação. Estamos pedindo só um aumento justo e melhores condições de trabalho”, salientou Luís Cláudio, presidente do Sindicato dos Agentes de Saúde e Endemias, que desde o dia 27 de janeiro mobiliza a categoria em greve. Ele relatou a falta de materiais básicos para o exercício do trabalho dos agentes, como fardamento e protetor solar, situação que traz ônus aos profissionais.
O líder do governo da Casa, vereador Ronivaldo Maia (PT), ressaltou que os servidores, ao longo desta gestão, tiveram um ganho real significativo. O parlamentar disse que a proposta apresentada está dentro do que pode ser cumprido pelo Executivo e que por isso não poderá atender as reivindicações num todo das categorias.
O vereador Salmito Filho (PSB) ressaltou que o projeto do Plano de Cargos dos Agentes de Saúde e de Endemias, retirado de tramitação pelo Executivo só poderá retornar em 2013 ao Legislativo, seguindo o Regimento Interno da Casa. Ele evidenciou ainda a necessidade de que se garanta o abono das faltas, criticando a forma como a prefeita Luizianne Lins vem tratando os servidores.
O debate contou com a presença dos vereadores Plácido Filho (PDT) e Paulo Gomes (PMDB), representantes do Sindicato dos Enfermeiros e Dentistas, Cláudio Ferreira; da Associação do Garis, José Colares; o Sindicato dos Servidores da Emlurb, Fernando Cassiano; a Associação dos Servidores da Secretaria de Finanças, Mário Nunes, dentre outras entidades.
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