sábado, 3 de dezembro de 2011

Confirmado em Quixadá mais um caso de gripe A

 
A Secretaria da Saúde do Estado (Sesa) confirma mais um caso de gripe A (H1N1), dessa vez no município de Quixadá, localizado a 167 Km da Capital. Com isso, sobe para 14 o número de confirmações da doença no Ceará. As outras 13 são em Pedra Branca. Mais 26 casos estão sendo investigados: 24 em Boa Viagem, um em Quixeramobim e um em Acopiara.

As notificações registradas em 2011 já superam as de 2009, quando teve início o surto de gripe suína no País. Dados da Sesa apontam que, até a última quinta-feira, 561 casos foram notificados no Ceará, enquanto em 2009, eles somavam 401, com 17 confirmações. A diferença é que, até o momento, todos os casos são considerados leves ou moderados, sem óbitos, diferentemente de 2009, quando houve três óbitos.
A estratégia utilizada pela Sesa está sendo tratar todos os pacientes com sintomas respiratórios da doença com Tamiflu, inclusive aqueles que não foram confirmados por exames laboratoriais. A medida, na opinião do coordenador de Promoção e Proteção à Saúde da Sesa, Manoel Fonsêca, está contribuindo para reduzir a possibilidade de casos graves e de óbitos.
Ontem, o secretário de Saúde do Estado, Arruda Bastos, se reuniu com representantes do Comitê Estadual de Prevenção e Controle da Influenza, para debater como está a situação do Ceará com relação a doença.
"A avaliação que a gente faz de Pedra Branca é que foi uma situação extraordinária, porque foi dentro de uma sala de aula, onde um professor, tossindo, contaminou a turma. A taxa de ataque foi muito alta, quase 50 alunos contraíram a doença imediatamente. Portanto, a tendência é que nos municípios vizinhos nós tenhamos casos, mas não no mesmo volume", esclarece Fonsêca.
Ele estima que Pedra Branca ainda possa ter 800 casos, mas a tendência é que diminuam. Nos primeiros dias, o pico era de quase 100 novos casos por dia. Agora, a média é de 20 a 30 notificações por dia. "Nós estamos em alerta, mas não em pânico. Nenhum evento social será suspenso", garante Fonsêca.
O secretário Arruda Bastos, afirma que não tem como impedir que o vírus chegue à Capital, mas ressalta que a Sesa só irá considerar que o vírus está circulando numa cidade se o exame laboratorial foi positivo.
De acordo com ele, as pessoas que estão tomando a vacina contra a gripe A, não têm nenhuma segurança de que estão imunizadas, pois o pico máximo de imunização leva dois meses. Além disso, a partir do último dia 1º de dezembro, todas as vacinas venceram.
Em Fortaleza, a Prefeitura não descarta a possibilidade da gripe A chegar à cidade. Para isso, algumas medidas estão sendo adotadas. De acordo com Antônio Lima, gerente da Célula de Vigilância Epidemiológica da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), as duas principais ações em execução são o acompanhamento do estoque do anti-viral Tamiflu nos hospitais municipais e o monitoramento de casos notificados relacionados à síndromes respiratórias.

Exames

14 casos de gripe A já foram confirmados no Ceará, neste ano. O total de confirmações em 2009, no primeiro surto da doença, foi de 17 casos

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