quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Entenda a maior e mais severa crise de insegurança alimentar dos últimos 20 anos

As Nações Unidas declararam uma epidemia de fome nas regiões de Bakool do Sul e Baixa Shabelle, no sul da Somália, em 20 de julho. Duas semanas depois, mais três regiões já haviam sido afetadas: Shabelle Central, Corredor de Afgoye e a capital, Mogadíscio. Outras áreas do país podem ser atingidas pela crise nos próximos dois meses se não houver uma ampla intervenção humanitária. Para isto, são necessários 2,481 bilhões de dólares e, até o momento, os doadores disponibilizaram 1,034 bilhão. Dezenas de milhares de pessoas morreram e mais vidas estão em risco. Quase metade da população – 3,7 milhões de pessoas – precisa de assistência humanitária. Isto representa um aumento de 35% desde o início do ano, quando havia 2,4 milhões de necessitados.
A pior seca dos últimos 60 anos agrava o sofrimento de um povo atingido também por conflitos. Os preços dos cereais alcançaram o nível mais elevado da história e algumas commodities subiram até 270%. No sul do país, o custo da cesta básica aumentou 50%. Cerca de 13 milhões de pessoas carecem de ajuda em todo o Chifre da África e este número pode aumentar 25% em três ou quatro meses. Djibuti e Quênia também estão entre os países atingidos. Apesar de o maior número de necessitados estar na Etiópia – 4,7 milhões – a situação é especialmente difícil na Somália.
As Nações Unidas declaram epidemia de fome quando pelo menos 20% das famílias enfrentam escassez extrema de alimentos com limitada capacidade de reverter o quadro, as taxas de desnutrição aguda entre as crianças excedem 30% e mais de duas em 10 mil crianças morrem por dia. No sul da Somália, há 2,8 milhões de desnutridos, dos quais 1,25 milhão são crianças. Em áreas agropastoris, até 20 a cada 10 mil crianças com menos de 5 anos morrem diariamente e o índice de desnutrição infantil aguda chega a 50%.
No sul da Somália, há 2,8 milhões de desnutridos, dos quais 1,25 milhão são crianças. Em áreas agropastoris, até 20 a cada 10 mil crianças de até 5 anos morrem diariamente e o índice de desnutrição infantil aguda chega a 50%. Dezenas de milhares de pessoas morreram e mais vidas estão em risco. Quase metade da população -- 3,7 milhões de pessoas -- precisa de assistência humanitária.

Estes e outros dados constam em um novo site especial, totalmente em português, preparado pela ONU no Brasil para chamar a atenção para a pior crise humanitária da região em décadas. O site é atualizado diariamente com informações das agências, fundos e programas da ONU e possui um resumo sobre o que é possível fazer para ajudar. Dados gerais atualizados semanalmente são publicados na primeira página, onde a situação é contextualizada para o público.

Acesse o site em http://www.onu.org.br/chifredaafrica

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